Filhos adolescentes

27 de janeiro de 2013 9 comentários



Enfrentar mudanças de humor, rebelião e ira é normal no cotidiano de quem vive com filhos adolescentes, é um período que eu chamaria de "tempestuoso" da vida, quando os adolescentes estão na fase de mudança, ou seja, já não são crianças, por isso querem ser independentes dos pais, porém, também não são adultos.

Sou mãe se dois adolescentes: Fernanda 17 anos e Malthus 14 anos.

O comportamento de alguns adolescentes se torna tão difícil que os pais sentem que não conseguem lidar com os filhos. Pode ser ainda mais difícil nas famílias em que as crianças querem proceder como seus outros amigos, e os pais sentem que isso entra em conflito com seus valores tradicionais. Mas, conversar com alguém pode ajudar - por vezes conseguem ver os problemas com mais clareza. 

E quais são os sintomas indicados de que os pais estão com problemas e precisam de ajuda?

Quando se sentem rejeitados pelos filhos ou quando se sentem confusos e angustiados com seu comportamento. Na maioria das vezes os pais sabem que precisam de ajuda, mas não aceita, e acaba querendo resolver tudo sozinho. Isso é muito perigo, pois corre o risco de tomar alguma atitude e acabar se arrependendo.

Três sinais de crise que passei e me preocupei bastante: Desinteresse, isolamento e agressão física

Um problema de comportamento é, por exemplo, quando o adolescente parece distanciar-se da família e mostra-se apático por longos períodos. Embora para muitos distanciar-se da família e passar tempo sozinho seja um comportamento normal, para mim foi algo que me chamou atenção e ainda chama, pois tenho sobrinhos adolescentes. Quando há este tipo de comportamento o adolescente está dando o primeiro sinal de que precisa de ajuda. Ou, quando a criança se comporta de maneira muito diferente do habitual -  não estudando como de costume ou deixando de falar com os pais, é importante perguntar a eles, mas de maneira carinhosa sempre mostrar questão zangados com aquela situação.

Um problema mais grave que passei, foi um dos meus sobrinhos que agrediu fisicamente minha irmã, durante uma discussão. Isso geralmente ocorre com a mãe, ou com quem o jovem está morando. Quando isso acontece os pais sentem dificuldade de falar sobre o assunto além de se sentirem emocionalmente feridos, os pais que foram agredidos fisicamente por um filho, pensam que devem ter falhado com mãe, ou como pai para isso ter acontecido.

Este tipo de violência acontece por várias razões: Talvez o pai seja fisicamente violento ou mostra falta de respeito para com a mãe, e as crianças copiam o exemplo. Por vezes os adolescentes procedem assim, porque viram ou foram eles próprios vítimas de brutalidade, mas qualquer que seja a razão, há ajuda para o problema. 

Filhos de Toninha.
Não sei se a maioria sabe, sou professora de escola de periferia, e percebo que não é só os rapazes que são violentos, em quase metade da família que vejo e tenho acompanhado o problema de perto, são as filhas que cometem a agressão física.

Embora tenham esse comportamento, essas crianças querem amor dos pais e querem parar de magoá-los. A sugestão que tenho para os pais é que não respondam, nem com palavras que inspirem medo e nem usando agressão física, pois isso só vai gerar mais violência. Em vez de proceder assim, os pais devem expressar o que realmente sentem no coração. Uma frase bem colocada, vale mais que dez bofetadas. Dizer coisa como: -Vou chamar a polícia!  (mas não cumpre a promessa), Que o  odeia, Vai embora da minha casa, ou pior se os pais forem separados, fica com o jogo de empurra empurra, a situação só vai agravar. Sei que chamar a polícia pode não parecer um ato de amor, mas significa que o pai ou a mãe, ama o seu filho o suficiente para protegê-lo do que faz a si e a seus familiares. Caso não pare, poderá no futuro tornar-se uma pessoa violenta com seus próprios filhos ou para com o cônjuge.

"A conversa entra os pais e os filhos sempre foi e será a solução para todos os problemas". 


Toninha é autora dos blogs: Papo de Mãe e Educar - O primeiro passo.

 


9 comentários:

  • Unknown disse...

    Olá Toninha, agradecemos a sua participação em nosso blog e obg por compartilhar suas experiências como mãe de adolescentes. Com certeza, aprendemos muito.
    Grande abraço,
    Equipe MR

  • Anônimo disse...

    Bom dia, Toninha! Meus parabéns pela sua participação. É sempre bom nos informarmos sobre as fases da maternidade. E nos prepararmos para a adolescência dos filhos. Minha filha tem quase 4 anos e eu já penso em me preparar para a adolescência dela. Beijos!

  • Toninha Borges disse...

    Vc não sabe como é bom participar desse espaço. Me sinto muito honrado em compartilhar com nossas amigas algo que possa ajudá-las no futuro ou que esteja vivenciando.
    Obrigada
    Att.
    Toninha

  • Juliana Reis disse...

    Toninha, obrigada pela sua participação aqui no MR.
    Ótimo post, muito esclarecedor. Todas nós passaremos por essa fase e concordo que o diálogo é sempre o melhor caminho.
    Beijo,
    Ju

  • Brenda disse...

    Confesso que é uma fase que me preocupa... mas acredito que dando muito amor, tendo respeito e diálogo, dá pra passar por essa fase de uma maneira mais tranquila. Quando eu era adolescente só queria ficar no meu quarto, não era nada pessoal com ninguém rs.. só curtia ficar ouvindo minhas músicas e navegando na net. rs

    Beijos!!

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