A criança que vive em mim!

4 de abril de 2013 18 comentários

Sempre fui muito criança e muito moleca no jeito de ser. Até os 12 anos me recordo brincando de casinha com uma amiga de infância que era minha vizinha. Eu tinha muitos brinquedinhos miúdos e amava brincar com eles. Antes de começarmos a brincadeira, cada uma escolhia suas panelinhas, o fogão ou pratinhos preferidos. "Agora eu". Era uma alegria!

Ainda nessa idade, paralelamente às brincadeiras de criança, tinha flertes com meninos, sonhava com outros em canções, mas não passava disso.

Recordo-me - se tivesse 11 anos era muito - de ter marcado encontro com um "namoradinho" no cinema. Sentamos um ao lado do outro. E estremeci quando ele tentou pegar em minha mão. Não fiz nada, nem tirei, nem correspondi. Fiquei intacta olhando o filme, mas tremendo por dentro. No fundo uma sensação pura e gostosa. 
Bom, ele "terminou o namoro." O motivo foi por eu não ter deixado que ele pegasse em minha mão. Disse isso às minhas amigas. Fazer o quê? Eu era menina, e queria era ficar sonhando, idealizando o namoro, cantarolando despedidas...

Hoje brinco de mamãe e filhinha com minha pequena Maria. O namoro, virou casamento e a brincadeira se tornou mais séria e madura.

Mas a criança da minha infância não saiu de mim. Adoro cantar em casa com a senhorinha. Vira e mexe apresento uma música a ela, porque me eleva a alma soltar a voz! Sento no chão para brincar e não perder minha infância de anos...muitos anos atrás.

Tenho meus momentos de adulta, onde me aborreço e me preocupo com os problemas em demasia, onde a inocência dá lugar à responsabilidade, ao mau humor e às vezes até a falta de jeito em lidar com certas circunstâncias ou com alguém. Mas rapidamente (ou não), me lembro que a pureza e a alegria lúdica são um dos melhores sentimentos que um ser humano pode ter. Então vou divagando e voltando aos poucos à minha realidade infantil: de bons sentimentos, de pureza, de delicadeza e ingenuidade...

Não gosto de ser adulta o tempo todo. Visto minha fantasia de gente grande muitas vezes todos os dias. Mas me alivio quando tiro esse peso do corpo.

Hoje minha Maria não deixa afastar a infância de perto de mim quando lemos historinhas ou assistimos um filme voltado à sua idade; quando me sento no chão sem me lembrar que por trás, tenho mil coisas de adulto para fazer, quando trocamos os papéis de mãe e filha numa brincadeira inocente e prazerosa, quando cantamos músicas infantis, alegres e necessárias à minha infância e a dela.

Sou grata a Deus por hoje ter uma lembrança viva da minha meninice. Uma lembrança que não me deixa esquecer que necessito ter uma criança sorrindo mais do que chorando. Alegre mais do que sisuda, tranquila e feliz mais do que atolada nas preocupações corriqueiras...

Hoje essa criança que vive em mim é dividida em duas partes iguais: Metade, uma infância de recordação, guardada no peito e na alma, e que trago sempre comigo pra não perdê-la de vista e a outra metade uma infância recente, me trazendo à realidade todos os dias que ser criança não é uma opção apenas, mas uma necessidade. Minha outra metade viva e presente: Maria!

É essa fantasia que quero vestir todos os dias!



Como uma criança ela quer alcançar as estrelas 
e levar a lua de brinde, 
quer reinar no sol e rolar nas nuvens .
(Karoline Genova)










18 comentários:

  • Genislene Borges disse...

    Oi minha linda, eu sou como vc, uma criança grande.
    E o engraçado que sendo assim, minha presença acaba 'puxando' outras crianças. Meu marido sempre comenta que eu to sempre rodeada de criança onde quer que eu vá!!
    Amiga, achei linda a montagem de fotos e ver vc como criança ao lado da linda Maria.
    Quanto à infância, fui uma criança um pouco tímida, mas tb brinquei bastante de casinha e outras coisas. Saudades das comidinhas de mentira...
    Bjus, bjus, Genis

  • Unknown disse...

    As comidas de mentirinhas sempre foram as melhores. Pois eram rodeadas de fantasias, de alegria e de desprendimento infantil.

    Não tem coisa melhor do que criança nos rodeando. Eu adoro! E você como professora deve ter um "cheirinho atrativo" de mãe, educadora e uma grande criança... Bom para o JM..

    Um beijo minha querida Genis.. e obrigada pelo comentário. Vai ganhar um prêmio pelo comentário número 1.rs

    Beijos beijos beijos

  • Anônimo disse...

    Teresinha! Essa é a síntese da beleza materna. Estar sempre disposta a ser criança com as filhas! Aí também eu invisto o meu coração! Lindíssimo texto. Lindíssima inspiração Maria! Beijo em vocês duas!

  • Quézia Silva disse...

    ADorei seu texto, e também me sinto assim, uma criança grande. Quero tanto que Kemuel aproveite muito a infância, sem pressa de chegar a fase adulta e também nunca deixando de ser um pouco criança, como eu.

    Beijos
    Quézia Silva
    http://kemuelpresentededeus.blogspot.com.br/

  • Unknown disse...

    Tê, eu brinquei de barbie até meus 13 anos! Que saudade deu agora, rs.

    E adorava fazer comidinhas também.

    Eu quero meu coração criança sempre!

    Beijinho!

  • Unknown disse...

    Minha infância não era de Barbie Andreia.. Tive uma Susie Ciclista e ainda tenho aqui guardadinha. Hoje minha Maricotinha brinca com ela...

    Recordo muito a infância quando ela pega nos meus brinquedos guardados...

    É bom ter o coração assim não é?

    Obrigada pelo comentário... beijos grandes

  • Unknown disse...

    Ou mesmo ser criança juntos com as filhas.. compartilhando a inocência e meninice....

    Com certeza você parece ser uma doce criança junto com a Laura.. E vamos nos inspirando Renata!

    Beijos e muito obrigada! Beijocas na Linda Laura!

  • Unknown disse...

    Quézia, acho que podemos contribuir muito para que eles "estiquem" bem sua infância.

    Hoje parecem ter uma tendência grande a ficarem mocinhas e rapazes rapidamente... Mas a gente como mãe, sabe da importância da querida infância, e vamos os ajudando a não terem pressa de esquecerem dela... ou nunca esquecerem..

    Agradeço sua visita. Seja bem-vinda!

  • Anne Lieri disse...

    Oi Teresinha!Muito legal o seu texto,abrindo a imaginação para lembranças de infancia!Esse nosso lado criança é fundamental para quem é mãe,especialmente!Adorei te ler!bjs,

  • Unknown disse...

    Sim Anne, sem esse lado nos tornamos amargos, mal humorados com mais frequência.. é preciso reavivar esse lado infantil a toda hora pra vivermos mais puramente...como crianças mesmo..

    Obrigada pelo comentário...

    Beijos grandes..

  • Cris disse...

    Q lindo texto viajo junto contigo... voltei a ser criança tb.
    Ah! sentar no chão, rolar, cantar bem alto e esquecer do mundo adulto q fica fora do quarto do Joseph.
    Amiga somos agraciadas por termos nossos filhotes q nos permite voltar a ser criança com eles, bjss

  • Unknown disse...

    Você Cris, além de mãezona que percebemos, parece ser uma eterna criança, junto com seu Joseph que não te deixa esquecer disso...

    Sim, seremos eternamente agraciadas pelas lembranças e pela presença dos nossos filhos que não nos lembram a toda hora que ser criança é tudo de bom!

    Beijos minha querida.. Sua presença é uma alegria!

  • Unknown disse...

    Sim Lilia, por isso incentivo e faço questão que minha Maria seja criancinha o tempo todo... Apesar de 6 anos, crianças hoje querem ser mocinhas rápido com suas maquiagens e outros trejeitos..

    Mas ela sabe que ser criança é maravilhoso...

    Obrigada por sua presença... Seja sempre bem-vinda! Beijos beijos...

  • Desirée Tapajós disse...

    Que texto lindo, me senti viajando no tempo, para o tempo sem tantas preocupações, uma delícia de viagens.

    Eu também sou uma crianças grande, gosto de sentar no chão com minhas meninas, de comer coisas imaginadas feita pelas meninas, de usar muita tinta/cola/lápis de cor e fazer aquela sujeira só para ver as meninas sorrindo entre muitas coisas.

    Tri-beijos Desirée
    http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br/

  • Deborah Gebran disse...

    Sem dúvidas a melhor e mais curta fase de nossas vidas é a infância... Tenho visto muitas famílias permitirem que suas crianças vivam como adultas... isso é triste demais!!
    Adorei o post TÊ!
    Beijo

  • Unknown disse...

    Infelizmente Deborah eu também vejo.. e não são poucas.. Parece que temem falar não às crianças, ou acham que assim ficam mais graciosas..

    A graça está na infância..

    Obrigada Deborah...Beijos grandes

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