A palavra é RESPEITO

9 de abril de 2013 18 comentários

Sabe quando dizem que seria cômico se não fosse trágico? É assim que vejo a mobilização que a mídia faz, sobre a inclusão social. As pessoas que tem necessidades especiais passam por muitas dificuldades para poder viver nesse mundo de políticas deficientes. Começamos a nos dar conta disso quando passamos por algum tipo de dificuldade.

A falta de conhecimento é o maior problema. Não sabemos como é difícil para um cadeirante se locomover pelas ruas e calçadas de uma cidade mal planejada. Em minha cidade, Cuiabá-MT, faltam rampas, as calçadas são desniveladas, um perigo total e sabe quando percebi isso? Quando fui usar o carrinho de bebê para passear com meu filho, passei por uma contrariedade enorme.

Quando estive em Belém do Pará, me deparei com algumas ruas que tem um tipo de travessia para os deficientes visuais, onde eles se orientam por ela, em Cuiabá, nunca tinha visto e quando soube para que servia, fiquei encantada com a autonomia proporcionada aos portadores dessa necessidade especial.

Acredito que uma das maiores dificuldades para os surdos seja a comunicação, daí a importância, por exemplo, das escolas estarem preparadas e munidas da Linguagem de Sinais, mas, ainda vejo poucas escolas que possuem profissionais da área de Libras, penso que todas as escolas e todas as crianças deveria aprender a linguagem dos sinais.

Falta RESPEITO pelo cidadão. Sócrates, filósofo da antiguidade, acreditava que o pesamento era desenvolvido através da linguagem, e esta por sua vez com a fala. Dessa forma o surdo não pensava e consequentemente não poderia ser considerado humano. Hoje, com o avanço do conhecimento e da tecnologia, é ignorância pensar dessa maneira. Todavia, o respeito pelo próximo parece não ter evoluído muito.

Falta RESPEITO do governo para distribuir bem os recursos financeiros e adequar as cidades incluindo todos os cidadãos.

Falta RESPEITO  do cidadão egoísta que pensa ser essa uma questão somente do outro.

Finalmente, vejo que somos todos deficientes de leis, morais e legais, suficientemente dignas para proporcionar segurança e bem estar social.

 

Um forte abraço de mamãe ursa!


18 comentários:

  • Carol Meoli disse...

    Falou tudo!!!
    Também passei por isso quando andava de carrinho com a Babi, realmente é triste e revoltante!
    Inclusão social é bem mais o que eles pensam!!!

    Beijos e parabéns pelo post!

  • Genislene Borges disse...

    Oi Gleysa, vc sabe o quanto gostei do seu post.
    Acho que todas as mamães já passaram pela dificuldade com o carrinho de bebê e isso tb me trouxe grandes reflexões sobre os cadeirantes.
    Não há inclusão sem respeito.
    Grande abraço, Genis

  • Anônimo disse...

    Gleysa! Os desencontros rumo ao respeito ainda é grande. Mas não devemos perder a esperança. Creio no mundo melhor. Beijo!

  • Bolhinhas de Sabão para Maria disse...

    Muito bom o texto Gleysa e muito boas as observações...

    Falta tudo nesse mundo, em nossa sociedade e no Brasil (principalmente). Falta respeito, falta amor ao próximo e falta, falta pensar no outro. Pensar em suas dificuldades e necessidades...

    Se nos colocássemos no lugar do outro, não seríamos tão egoístas.
    Se pensássemos que amanhã a dificuldade pode ser nossa, acho também que tudo seria diferente.. Mas enquanto o egocentrismo prevalecer, as dificuldades continuarão... Enquanto isso, os estádios estão brilhando no Brasil afora, as pessoas estão morrendo nos corredores dos hospitais, escolas estão sendo fechadas e o governo nem aí... Na verdade ele quer o povo ignorante pra poder comandar melhor..... Esse é nosso Brasil..

    Parabéns pelo texto.. Muito bom..Beijos grandes...


  • Deborah Gebran disse...

    Gleysa, também passei por 2 experiências que me fizeram perceber a real necessidade dos deficientes. A primeira vez foi quando fiz uma cirurgia e fiquei 40 dias de cadeira de rodas. Quanto sofrimento! Nem lojas e supermercados estão preparados para receber cadeirantes, a cadeira de rodas não passa no caixa... Foram dias muito difíceis e de muita reflexão. A outra vez foi quando andava de carrinho com Marinah. Calçadas esburacadas, sem rampas, lojas apertadas...
    Precisamos mesmo de muita conscientização!!
    Adorei seu post!
    Beijo

  • Unknown disse...

    Gleysa muito bom o texto Parabéns! A única experiência realmente ruim que passei foi como a sua, com o carrinho de bebê. Mas notamos que deficiente não são as pessoas são as leis, são os locais. Um dia desses vi 2 policiais simplesmente com carro em cima da calçada bem na rampa de deficientes parados comprando jornal, isso mesmo, nem trabalhando estavam! Precisa mesmo é de RESPEITO como você mesma disse e muito bem dito. bjusssssssssssssssss

  • Maternar para sempre disse...

    Infelizmente isso é realidade, é uma falta de respeito e descaso para as pessoas portadoras de necessidades especiais... Andar de carrinho nas calçadas é péssimo, imagina para os cadeirantes, ou cegos... Super post. Bjs
    Vivi e ISaac

  • Brenda disse...

    Que texto perfeito... É bem isso mesmo.
    A gente só vê a dificuldade que essas pessoas passam, quando nos deparamos com uma situação parecida (e beeem distante da realidade delas, porque eu também já tive dificuldade em andar na calçada com carrinho. E olha que eu ENXERGO e preciso sair na rua com o carrinho uma vez ou outra. E quem tem deficiência visual e precisa sair todos os dias?). É complicado mesmo.

    Eu quero morrer quando vejo gente estacionando em vaga de deficiente. O cúmulo da falta de respeito.

    Beijos

  • Unknown disse...

    Vdd Te, o que penso é que o BRasil é assim por conta da cultura, e isso e muito dificil de se mudar, por aqui as pessoas sempre estao querendo se beneficiar, e com isso todos acabam perdendo, os governantes só e o nosso espelho só que bem ampliando mil vezes!!!

    Mas e claro que sempre há exceção.

    Bjs

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