Adolescência versus Gravidez

14 de abril de 2013 11 comentários


Olá leitores! O meu nome é Jéssica, tenho dezoito anos, sou autora do blog Diário de uma princesa e mamãe da Alice Aléxia, que está com um ano e seis meses.


Muito obrigada pelo convite, Mamães em Rede, gostei muito!

Hoje falo sobre gravidez na adolescência. Sempre que tenho oportunidade de postar em um blog diferente, abordo esse tema. Pois considero muito importante prevenir para evitar uma gravidez precoce.

Sábado à noite. Essas três palavras são esperadas por quase todos os adolescentes. E o que uma adolescente que não viveu a adolescência sabe sobre adolescência? Nada! Não é mesmo? Mas eu sei sobre não viver essa linda fase. O meu primeiro namoro foi com quatorze anos e contra a vontade dos meus pais. Eu não sei o que é curtir com as amigas. Quando estava chegando à idade de começar a sair, eu comecei a namorar. Pensava que sabia o que eu estava fazendo. Hoje eu sei o quanto é complicado antecipar as fases da vida.

Então, contrariei os meus pais e namorei com quatorze anos. Meus pais demoraram aceitar e quando aceitaram era com a condição de não poder sair para longe. Se saísse eu tinha que chegar até às vinte e duas horas. Aos quinze anos enfrentei meus pais mais uma vez. Porém, dessa vez eu não me arrependo. Frequentei shows sertanejos que sempre tem aqui na minha cidade, Show Betim Rural. Ia sempre acompanhada do meu namorado. Minha mãe fingia que eu estava dormindo para eu sair sem que meu pai descobrisse. Eu adoro dançar, mas meu namorado não gosta. Ele ia só para assistir ao Show.  Imagina só ir ao show do César Menotti e Fabiano e não dançar? É terrível! Então era assim, sempre que saía, eu tinha o guarda costas. Meu namorado é nove anos mais velho que eu e sempre foi muito ciumento. Sair com ele era o mesmo que não ter companhia, porque era muito chato ter que ficar vendo todos dançando, curtindo e eu parada.

Aos dezesseis anos e meio engravidei. Aos dezesseis anos e meio dei adeus ao pinguinho de adolescência que restava. Tive que largar ótimo emprego, curso e quase que não concluí o ensino médio. Aos dezessete anos e três meses tive a minha filha. Agradeço a Deus pela filha que tenho. Linda, saudável, inteligente, o melhor presente de Deus. Mas penso que se fosse em outra fase da minha vida, seria melhor para ela.

Esforço-me o máximo para ser ótima mãe, dar bons exemplos, estudar e trabalhar muito para dar vida de princesa para o amor da minha vida. No meu caso, o pai assumiu a filha. Mas, a minha vizinha não teve a mesma sorte e perdeu o bebê com nove meses de gestação. Além disso, o pai dela foi terrível com ela. Quem quiser, leia a história aqui.

Mães, numa gestação precoce o maior prejudicado é o bebê. Então eu faço um apelo:

Adolescentes vão aproveitar, vão dançar, mas obedecer aos pais, pois eles sabem o que é melhor para vocês. Estudem, trabalhem e só depois tenham filhos. Espero que esse texto alerte as adolescentes, pois ultimamente estou vendo um número muito alto de gravidez na adolescência.

Beijos!

Jéssica é autora do blog Diário de uma Princesa.


* E você que acompanha essa coluna do MR, participe. Envie sua postagem para mamaesemrede@gmail.com e veja o seu relato influenciando as mamães em rede.

11 comentários:

  • Deborah Gebran disse...

    Jéssica, muito obrigada por sua participação e por seu depoimento!
    Você é muito corajosa. Expor sua gravidez assim, é ser muito forte para assumir com responsabilidade um escorregão da adolescência.
    Grande Beijo
    Deborah

  • Anônimo disse...

    Jéssica. Com rigor e transparência, a sua história tem o poder de alertar e, tomara, transformar em mais maduros os pensamentos das adolescentes. Beijo!

  • Unknown disse...

    Olá Jéssica!

    Meus parabéns por aprender e ensinar a lição da sua história.

    Muito obrigada pela sua participação.

    Você e Aléxia são sempre muito bem-vindas!

    Beijo!

    Equipe MR

  • Unknown disse...

    Jéssica obrigada por participar, por dividir a sua história aqui no MR. Comecei a namorar com a mesma idade que você perdi bastante da minha adolescência, mas tive outros namoros e engravidei bem mais tarde. Ainda assim aconselho sempre as adolescentes não namorarem tão cedo, justamente pelo o que você descreveu sobre a parte do sair e se divertir. E acho muito válido você falar sobre o assunto, por que as pessoas mais velhas dizendo tem um peso, mas uma pessoa tão jovem falando para outros adolescentes tem um peso muito maior, a sua "voz" será muito mais ouvida.

    bjussssssssssssssssssssss

  • Bolhinhas de Sabão para Maria disse...

    Jéssica, uma coisa é certa. Experiência só adquirimos depois de vivermos certas situações... E o adolescente é muito aventureiro. Não enxerga certas coisas que poderiam ser diferentes... Todos fomos adolescentes e sabemos disso...

    Muitas vezes ignoramos nossos pais e outros adultos, achando que somos donos da verdade. E não é assim... Só mais tarde que damos o real valor..

    A adolescência é linda... e quando conseguimos vivê-la com responsabilidade, se torna muito mais leve. Muitas vezes somos inseguros, incertos e aventureiros.

    Como vc disse muitos não tem oportunidade de viver uma gestação e ter o pai da criança por perto...e sofrem em dobro.. Que bom que foi diferente com vc.

    Importante agora é curtir sua filhota como já está curtindo... Com amor... carinho e dedicação... Uma mãe sempre zelosa e aprendendo a cada dia... Assim, como tenho certeza, você está sendo...

    Obrigada por sua participação no MR e pelo alerta aos outros adolescentes...Seja sempre bem-vinda...

  • Anne Lieri disse...

    Jessica,um relato comovente!Como professora de educação infantil notei o que vc disse: a cada dia os pais estão mais jovens e tem casos que acabam bem,a criança é bem querida,mas infelizmente tb vi muitas mães sozinhas,ou crianças criadas pela avó pois os pais se mandaram.Um depoimento lindo e de alguem que sofreu e deu a volta por cima!A Alice é uma gatinha,parabéns!bjs,

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