Por Jessica Ferreira
Olá leitores!
O meu nome é Jéssica, tenho dezoito anos, sou autora do blog Diário de uma princesa
e mamãe da Alice Aléxia, que está com um ano e seis meses.
Muito
obrigada pelo convite, Mamães em Rede, gostei muito!
Hoje falo
sobre gravidez na adolescência. Sempre que tenho oportunidade de postar em um
blog diferente, abordo esse tema. Pois considero muito importante prevenir para evitar uma gravidez precoce.
Sábado à
noite. Essas três palavras são esperadas por quase todos os adolescentes. E o
que uma adolescente que não viveu a adolescência sabe sobre adolescência? Nada!
Não é mesmo? Mas eu sei sobre não viver essa linda fase. O meu primeiro namoro
foi com quatorze anos e contra a vontade dos meus pais. Eu não sei o que é
curtir com as amigas. Quando estava chegando à idade de começar a sair, eu
comecei a namorar. Pensava que sabia o que eu estava fazendo. Hoje eu sei o
quanto é complicado antecipar as fases da vida.
Então,
contrariei os meus pais e namorei com quatorze anos. Meus pais demoraram
aceitar e quando aceitaram era com a condição de não poder sair para longe. Se saísse
eu tinha que chegar até às vinte e duas horas. Aos quinze anos enfrentei meus
pais mais uma vez. Porém, dessa vez eu não me arrependo. Frequentei shows sertanejos
que sempre tem aqui na minha cidade, Show Betim Rural. Ia sempre acompanhada do
meu namorado. Minha mãe fingia que eu estava dormindo para eu sair sem que meu
pai descobrisse. Eu adoro dançar, mas meu namorado não gosta. Ele ia só para
assistir ao Show. Imagina só ir ao show
do César Menotti e Fabiano e não dançar? É terrível! Então era assim, sempre
que saía, eu tinha o guarda costas. Meu namorado é nove anos mais velho que eu
e sempre foi muito ciumento. Sair com ele era o mesmo que não ter companhia, porque
era muito chato ter que ficar vendo todos dançando, curtindo e eu parada.
Aos
dezesseis anos e meio engravidei. Aos dezesseis anos e meio dei adeus ao
pinguinho de adolescência que restava. Tive que largar ótimo emprego, curso e quase
que não concluí o ensino médio. Aos dezessete anos e três meses tive a minha filha.
Agradeço a Deus pela filha que tenho. Linda, saudável, inteligente, o melhor
presente de Deus. Mas penso que se fosse em outra fase da minha vida, seria
melhor para ela.
Esforço-me o
máximo para ser ótima mãe, dar bons exemplos, estudar e trabalhar muito para
dar vida de princesa para o amor da minha vida. No meu caso, o pai assumiu a
filha. Mas, a minha vizinha não teve a mesma sorte e perdeu o bebê com nove
meses de gestação. Além disso, o pai dela foi terrível com ela. Quem quiser, leia a história aqui.
Mães, numa
gestação precoce o maior prejudicado é o bebê. Então eu faço um apelo:
Adolescentes
vão aproveitar, vão dançar, mas obedecer aos pais, pois eles sabem o que é
melhor para vocês. Estudem, trabalhem e só depois tenham filhos. Espero que esse
texto alerte as adolescentes, pois ultimamente estou vendo um número muito alto
de gravidez na adolescência.
Beijos!
* E você que acompanha essa coluna do MR, participe. Envie sua postagem para mamaesemrede@gmail.com e veja o seu relato influenciando as mamães em rede.
11 comentários:
Jéssica, muito obrigada por sua participação e por seu depoimento!
Você é muito corajosa. Expor sua gravidez assim, é ser muito forte para assumir com responsabilidade um escorregão da adolescência.
Grande Beijo
Deborah
Adoro a Jessica é uma super mãe!
Parabéns pela coragem amiga, bjs
Jéssica. Com rigor e transparência, a sua história tem o poder de alertar e, tomara, transformar em mais maduros os pensamentos das adolescentes. Beijo!
Olá Jéssica!
Meus parabéns por aprender e ensinar a lição da sua história.
Muito obrigada pela sua participação.
Você e Aléxia são sempre muito bem-vindas!
Beijo!
Equipe MR
Jéssica obrigada por participar, por dividir a sua história aqui no MR. Comecei a namorar com a mesma idade que você perdi bastante da minha adolescência, mas tive outros namoros e engravidei bem mais tarde. Ainda assim aconselho sempre as adolescentes não namorarem tão cedo, justamente pelo o que você descreveu sobre a parte do sair e se divertir. E acho muito válido você falar sobre o assunto, por que as pessoas mais velhas dizendo tem um peso, mas uma pessoa tão jovem falando para outros adolescentes tem um peso muito maior, a sua "voz" será muito mais ouvida.
bjussssssssssssssssssssss
Jéssica, uma coisa é certa. Experiência só adquirimos depois de vivermos certas situações... E o adolescente é muito aventureiro. Não enxerga certas coisas que poderiam ser diferentes... Todos fomos adolescentes e sabemos disso...
Muitas vezes ignoramos nossos pais e outros adultos, achando que somos donos da verdade. E não é assim... Só mais tarde que damos o real valor..
A adolescência é linda... e quando conseguimos vivê-la com responsabilidade, se torna muito mais leve. Muitas vezes somos inseguros, incertos e aventureiros.
Como vc disse muitos não tem oportunidade de viver uma gestação e ter o pai da criança por perto...e sofrem em dobro.. Que bom que foi diferente com vc.
Importante agora é curtir sua filhota como já está curtindo... Com amor... carinho e dedicação... Uma mãe sempre zelosa e aprendendo a cada dia... Assim, como tenho certeza, você está sendo...
Obrigada por sua participação no MR e pelo alerta aos outros adolescentes...Seja sempre bem-vinda...
Oi querida, obg por estar por aqui compartilhando sua experiência.
Um grande beijo, Genis
q bom q vcs gostaram meninas
me sinto na obrigação de alertas as mamães adolescentes,para tentar prevenir a maternidade precoce .
Ótimo post, relato importante!
Linda mamãe e filhinha!
Que post amiga, com certeza conscientizar é super importante, prevenir é o melhor... Bjs
Vivi e Isaac
Jessica,um relato comovente!Como professora de educação infantil notei o que vc disse: a cada dia os pais estão mais jovens e tem casos que acabam bem,a criança é bem querida,mas infelizmente tb vi muitas mães sozinhas,ou crianças criadas pela avó pois os pais se mandaram.Um depoimento lindo e de alguem que sofreu e deu a volta por cima!A Alice é uma gatinha,parabéns!bjs,
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