Olá mamães amigas...
Sempre fui uma criança
"bravinha e ansiosa", e a Babi acabou pegando isso de mim. Ela é
muuuuito brava, se estressa apenas em estar brincando e não conseguir fazer
alguma coisa, como encaixar um brinquedo no lugar.
E isso tudo não tem na a ver
com o período dos 2 anos. Pois ela é assim a muuuuuito tempo. E ela ainda
completará 2 anos. Então isso é dela mesmo.
Antes seu pequeno era um
anjinho, mas agora que está quase completando 2 anos se tornou uma criança
terrível? Acredite, isso é normal.
O fenômeno é comum e tem até
nome: adolescência do bebê.
É quando a criança se dá conta
de que é um indivíduo e luta para conquistar o seu espaço – gritando, batendo
nos outros ou se jogando no chão. Aí é hora dos pais manterem a calma (sei que
é difícil) e paciência, e ensinar que esse tal comportamento não leva a lugar
nenhum. Em outras palavras, estabelecer limites. Para ajudá-la a lidar com essa
situação tão complicada. Veja o que a psicopedagoga Larissa Fonseca, de
São Paulo, diz.
1. O que é a chamada
“adolescência do bebê”?
A adolescência do bebê,
primeira adolescência ou os “terrible twos” – terríveis dois anos, em inglês – é a fase em que a criança passa a se comportar de
modo opositivo às solicitações dos pais. De repente, a criança que outrora era
tida como obediente e tranquila passa a berrar e espernear diante de qualquer
contrariedade. Bate, debate-se, atira o que estiver à mão e choraminga cada vez
que solicita algo. Diz não para tudo, resiste em seguir qualquer orientação, a aceitar
com tranquilidade as decisões dos pais, para trocar uma roupa, sair de um local
ou guardar um brinquedo. Para completar, não atende aos pedidos e parece ser
sempre do contra.
2. Esse comportamento é comum
em qual idade?
Normalmente, acontece a partir
de 1 ano e meio até os 3 anos de idade.
3. Existe alguma causa?
A causa para esse período é
simplesmente o próprio desenvolvimento natural da criança. A fase dos 2 anos de
idade é um período de grandes mudanças para ela. Até então, o pequeno seguia os
modelos e as decisões dos pais. Gradualmente, ele passa a se perceber como
indivíduo, com desejos e opiniões próprias, e isso gera uma enorme necessidade
de tomar decisões e fazer escolhas por si. Sem dúvida, isso acaba gerando uma
grande resistência em seguir os pedidos dos pais.
Não é exatamente uma ação
consciente da criança, mas uma tentativa de atender a esse desejo interior, a
essa descoberta de si como um ser independente dos pais. No entanto, ao mesmo
tempo em que ela quer tomar suas decisões, ainda tem muitas dificuldades para
fazê-lo, dado que ainda não tem maturidade suficiente. Ela discorda até dela
mesma! Se você pergunta o que ela quer comer, naturalmente ela responderá:
“Macarrão”. Mas, quando você chega com o prato de comida, ela diz: “Eu não
quero isso!” Suponha que você está com pressa para ir a algum lugar. Seu filho
está de ótimo humor até você dizer: “Preciso que você entre no carro agora”.
Ele fará tudo, menos atender à sua solicitação.
É uma fase difícil para os pais
e também para as crianças. É uma experiência intensa emocionalmente e
repleta de conflitos, pois, ao mesmo tempo em que a criança busca essa
identidade, ela não quer desagradar seus pais – por mais que isso não pareça
possível.
4. Existe alguma maneira de
evitar que o bebê passe por isso?
Não há a necessidade de tentar
evitar esse período e nem há como fazê-lo. O importante é conhecer e lidar de
modo construtivo com essa fase dos pequenos.
5. Todas as crianças passam
por isso?
Não é uma regra. Algumas
crianças demonstram essas características mais intensamente do que outras.
6. Como agir quando a criança
se joga no chão e grita em um lugar público, como o supermercado e o shopping?
Primeiramente, descarte
palmadas, tapas, puxões de orelha ou qualquer outro comportamento agressivo
para tentar conter uma birra. Antes de sair, converse com o seu filho e o
contextualize sobre o passeio. Se for supermercado, por exemplo, diga como
espera que ele aja, o que ele poderá pegar para si etc. Se forem a um
restaurante, faça o mesmo, explique aonde vão, como espera que a criança se
comporte e as consequências para o seu mau comportamento. Jamais ceda às
manipulações, como choros, pedidos de ajuda e reclamação de possíveis
desconfortos. Avise-o de que só vai conversar depois que ele se acalmar.
Opte
por disciplinar a criança após a birra, que é o momento em que ela está
colocando para fora sua frustração e seu descontentamento. Após ela parar de fazer
a birra, você se abaixa para conversar. É sempre muito importante que a criança
compreenda o que fez e o porquê de sua ação. Evite dar broncas e repreender seu
filho na frente de outras pessoas para que ele não se sinta constrangido e você
também. Uma dica bacana para mudar o foco da birra é chamar a atenção da
criança para outra situação. Mostre um objeto ou comece a falar de outro
assunto. Ignorar a birra costuma dar ótimos resultados.
Em lugares
públicos, se a birra persistir e você estiver se sentindo constrangida, tire o
seu filho do ambiente sem demonstrar irritação e sem conversar. Sua atitude
mostrará desaprovação.
7. O que fazer quando o
pequeno bate nas pessoas quando é contrariado?
Esse “bater” normalmente é a
expressão do seu descontentamento, o que, no caso, não é aceitável. É
importante ressaltar que as crianças, assim como nós, adultos, também ficam
bravas, tristes, frustradas e chateadas – isso é natural do ser humano. Ao
longo da vida, ela vai se deparar com diversas situações que despertarão esses
sentimentos nelas e a infância é a melhor fase para aprender a lidar com esses
sentimentos inevitáveis. Assim, se quiserem contribuir de modo positivo com o
desenvolvimento emocional e psicológico dos pequenos, os pais devem parar de
tentar poupá-los de situações frustrantes e passar a explicar esses
sentimentos, apontando caminhos para que consigam lidar com eles. A criança não
nasce sabendo a lidar com seus sentimentos, ela testa suas ações e vai
construindo seus modos de agir.
Quando ela bate em alguém,
imediatamente deve ser contida e, em seguida, os pais devem abaixar-se na
altura da criança, olhar fixo em seus olhos e com voz firme conversar que
entendem que o pequeno esteja bravo, mas que sua atitude é inaceitável. Explique
que, se aquilo voltar a acontecer, haverá consequências negativas para ela,
citando quais serão. Lembre-se de que essas consequências deverão ser algo
possível de ser feito porque, se a criança repetir o comportamento desaprovado,
você deverá cumprir o que falou.
8. E quando a criança bate com
a cabeça na parede ou faz coisas para se machucar porque ouviu um “não”?
Em geral, as crianças recorrem
a esse tipo de autoagressão como mais uma tentativa de conseguir a atenção dos
adultos e, quase sempre, conseguem porque descobrem que esse comportamento
provoca comoção nos pais. Por mais que possa preocupar, os pais devem manter a
ideia de que “sem plateia não há show”. O ideal é conter a ação da criança sem
dar atenção ou demonstrar comoção pela atitude. Você pode, por exemplo, colocar
um travesseiro ou uma almofada embaixo da cabeça dele e sair de perto, ou tire
o pequeno do local onde está sem conversar e coloque-o em um ambiente mais
seguro. Sem conseguir chamar sua atenção com a autoagressão, a criança vai buscar
outras possibilidades, como apagar e acender a luz, ligar e desligar
equipamentos eletrônicos etc. Só fique atenta para a possibilidade de esse
comportamento estar refletindo algum problema emocional, que, aí sim, merece a
atenção dos pais.
Se a criança começar a
apresentar comportamentos autodestrutivos, como se arranhar, bater em sua
cabeça e puxar os cabelos, frequentemente em situações cotidianas, vale a pena
consultar um especialista porque isso pode indicar uma tentativa da criança de
evitar o contato com algo que esteja lhe causando angústia.
Você sabia que criança também
tem estresse?
Pois é, logo que pensamos em
estresse, vem logo a cabeça que é uma doença de adulto, mas não. Criança também
tem e veja quais são os principais sintomas:
* Separação ou abandono
dos pais.
* Mudança de casa, cidade ou
escola.
* Morte de alguém próximo.
* A chegada de um novo bebê na
família, não necessariamente um irmãozinho, mas pode ser um priminho.
* Dificuldade de adaptação
social.
* As exigências na escola.
Agora veja os comportamento
para ficarmos alertas:
Estresse em crianças de até 5
anos:
* Irritabilidade,
* Choros repentinos,
* Vontade de ficar nos braços
dos pais,
* Sonos agitados, pesadelos.
* Medos excessivos, como do escuro,
de ficar sozinhos, de animais.
* Retorna a ter comportamentos
infantis, como fazer xixi na cama e chupar dedo, ou fala infantil.
* Mudança de apetite.
Sintomas em crianças de 5 anos
a 11 anos:
* Agressão.
* Irritabilidade.
* Chorros.
* Quer chamar a atenção dos
pais de qualquer maneira, competindo sempre com os irmãos.
* Sentem dores físicas, sem
aparente doença.
A psicóloga Aurora Jaimes, diz
que os pais tem que ficar atentos ao comportamento dos filhos, e caso tenham
algum desses sintomas, se necessário levar a um profissional que possa
orienta-los nesse momento.
A Dr. Brenda Rivera,
psiquiatra e psicoterapeuta do México, aconselha quando isso acontecer, os pais
em primeiro lugar tem que ter calma e passar segurança para a criança, assim
ela sentirá o apoio dos pais.
Agora caso os pais não
perceberem o problema, isso desencadeará uma depressão. Mas isso pode ser
evitado, só depende dos pais.
14 comentários:
Alanis tem seus momentos assim...
o jeito é respirar e fundooo e iir.rsrs
bjos Carol.adorei o post de hj
perolasdealanis.blogspot.com
Adorei as dicas sobre como lidar essa situação tão difícil que todas nós passamos...
Você é especial para mim, querida, por isso estou sempre aqui te acompanhando!
Beijos!
www.asosmamaenadia.com
Carol Ameiii o post, o Davi está exatamente assim desde 1 ano e 8 meses, ele sempre foi nervosinho, mas piorou demais. Falo pra todo mundo que eu pari um adolescente, pq tudo ele se irrita ou reclama, se a roda do carrinho cai ele grita, se tenta encaixar algo e nao dá certo ele se estressa, afffffff
Bjusssssssssssssssss
Por aqui, normalmente é calmaria. Mas, às vezes, tem momentos assim. Boa informação, Carol. Beijo!
Oi Renata, adorei a matéria e é bem consistente. Eu criei meus filhos desta forma, hoje são obedientes, vejo a diferença quando estamos perto de outras crianças, ao mesmo tempo não perderam a expontaneidade, isso é importante, mesclar entre o limite da educação e o que é normal na fase infantil.
Adorei o blog de vocês!
Beijos
Liam só fica muito puto quando não consegue levantar sozinho, fora isso ainda é tranquilo, porém um dia a adolescência de baby dele vai chegar , ah se vai hauhauhaa
Nádia, obrigada pelo carinho e pela atenção ao escrever esse comentário!
Ficamos felizes por você acompanhar nosso blog!!!
Beijos
Carol Meoli
Sei muito bem como essa princesinha é... bravinha de vez enquando também!!!
Obrigada amiga pelo comentário!!
Beijos
Então, Jackie, a Babi sempre foi nervosinha, mas agora acho que tem me chamado mais atenção.
Haja paciência nessas horas, né?
Bjs
Obrigada Rê...
Ainda bem que por aí as coisas são mais calmas!!!
Beijos
Obrigada Luciana por participar.
Pois é criar/educar filhos é uma tarefa nada fácil, mas já que temos quemos que fazê-los, né?
Bjs
Amiga, esse gurizinho com certeza será envocadinho... aguarde!!!
Hehe!!!
Beijos e obrigada por participar!!!
Oi Carol, JM tb tem uns 'repetentes' sabe...rsrs Quer ganhar algumas coisas no grito, mas não rola aqui em casa não.
Se achar que não devo dar a resposta é 'não', explico o motivo e não volto atrás e o pai age da mesma maneira.
Quando é uma pirraça em lugar público, agimos do mesmo jeito. Algumas pessoas dizem "Dá pra ele", detesto isso...rsrs
Em casa, eu deixo espernear e ele desiste...rs no final pede desculpa e me dá um beijo.
É assim... educar é um desafio diário, é não desistir nunca, é falar a mesma coisa 1.000 vezes se for necessário.
Bjus querida!
Genis
Tá certa Genis, acho que educar é uma arte!!!
Não gosto de quando falam, "deixa ela", "não tem problema", coisas do tipo. A mãe sou eu, quem educa sou eu, mas que coisa, né?
Beijos e obrigada pelo comentário!!!
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