A volta às aulas e o bullying

7 de fevereiro de 2013 21 comentários

Bullying:

"São agressões físicas ou morais praticadas de forma repetitiva e com desnível de poder, com o objetivo de humilhar ou intimidar uma ou mais pessoas" 


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Na escola, na rua, na internet, por telefone, por mensagens, em qualquer lugar e de qualquer forma, o bullying pode estar presente. Machucando, intimidando e ameaçando as pessoas de maneira hostil, através de palavras ou atos físicos. Principalmente crianças e adolescentes. E ele não é brincadeira.

Em muitos casos a vítima não quer se expor. A testemunha também não. Tudo por medo do agressor descobrir e se tornar ainda mais violento. E este, com essas atitudes de omissão, se torna mais forte.

Estamos de volta às aulas. E, infelizmente, a escola é um dos lugares que mais vemos acontecer essa prática tão cruel. Muitas vezes o aluno é apresentado a novas turmas e novas escolas. É hora então de prestar atenção nos nossos filhos. Olhos e coração atentos a todas as atitudes e comportamentos que não estamos acostumados a ver. 

Certas provocações que antes julgávamos brincadeiras de colegas, deixaram de ser lúdicas e passaram a ser chamadas de bullying: empurrões, apelidos, gozações e outros tipos de agressão física ou moral.

Geralmente, as vítimas são as que não correspondem às características físicas ou psicológicas dos agressores. Diferenças raciais, comportamentais e físicas são motivos para exclusão da criança ou adolescente por alguém ou algum grupo.

Tímidos, obesos ou muito magros, os mais simples, os que não usam uma roupa de marca, os que não estão à frente nos boletins, ou seja por qualquer outro motivo, a prática se concretiza. Não é preciso muita coisa para começar uma tortura a alguém indefeso.

Humilhação, xingamentos e até agressão física fazem parte do bullyng. A pessoa que o pratica geralmente tem necessidade de auto-afirmação e popularidade.

O bullying também acontece virtualmente. Preste atenção nas horas em que seu filho se conecta à internet. Se ele se comporta de forma diferente cada vez que sai do computador, ele pode também estar sofrendo de bullying virtual  ou  cyberbullying. Ele acontece com montagens de imagens com a vítima, mensagens de difamação, recados de humilhação, ameaças.

Reconhecendo a vítima e o agressor 

Quem sofre

Geralmente a criança e adolescente que sofre o bullying muda notoriamente seu comportamento e atitudes. E os pais, que conhecem muito bem seus filhos, irão com certeza notar alguma mudança. Estes, a princípio, não contam à família por vergonha da humilhação ou por medo do agressor.
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Algo está errado quando seu filho:

* Inventa desculpas para não ir à escola;
* Se torna triste, calado e vive pelos cantos da casa;
* Se sente inferiorizado com baixa auto-estima;
* Apresenta problemas como dor de cabeça e estômago;
Recusa responder a perguntas sobre seu comportamento atual.

Esses são alguns sinais básicos de quem está sofrendo o bullying. Mas podem ocorrer outros.


Quem pratica

Da mesma forma que se torna diferente uma vitima do bullying, também o agressor mostra comportamentos estranhos, não tão fáceis de se identificar como quem sofre, mas é possível notar algo incomum:

* Agressividade em casa e na escola (recebendo reclamações de professores);
* Uso de objetos estranhos e que talvez não sejam deles.

Interessante é o professor ou outra pessoa que note algo diferente, conversar com os pais sobre possíveis conflitos com o aluno. Seja por uma desconfiança de bullying ou agressividade.


Como agir quando desconfiar que seu filho sofre bullying

De uma forma ou de outra, assim que começou a notar algo diferente em seu filho, converse com ele. Não o pressione, nem faça piadinhas sobre coisa alguma.

Tenha bom senso, delicadeza e muito amor nessas horas. Pode ser que ele não queira falar tão rápido  por medo e vergonha, mas com sua atenção, ele se soltará aos poucos. Se não consegue lidar com o problema, vá atrás de um profissional e se oriente.

Procure também se cercar de informações na escola. Professores, diretores ou outros funcionários, tem a obrigação de deixar os pais a par do que anda acontecendo com seu filho. É preciso uma ação em conjunto para combater uma possível prática de bullying na escola.

Não é só a criança e adolescente que sofrem, mas toda a família sofre junto quando descobre que seu filho está envolvido em algum tipo de bullying. Sendo ele a vítima ou agressor.


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Importante


O bullying deve ser levado a sério. Ele é um ato de covardia e pode causar danos graves à saúde física e psicológica. Podendo a vítima se tornar uma pessoa vingativa e violenta ou mesmo chegar a um ato de suicídio.


Fique ligado no comportamento de seu filho. Incentive-o sempre a contar as coisas que acontecem na escola. Dê liberdade a ele para que se abra com você. Por isso é tão necessário o diálogo constante com os filhos. Muito amor e muita conversa lhes passarão a confiança necessária para não esconder algum possível abuso que possam estar sofrendo. Tenha um olhar de sabedoria e carinho a eles.

A escola deve ser um lugar prazeroso, onde o encontro é de aprendizagem e brincadeira e não deve de forma alguma se tornar um peso na vida da criança ou adolescente.

Diga não ao bullying,. e se for preciso, tome medidas maiores. Denuncie o abuso a um órgão competente. Procure a Promotoria de Justiça da sua cidade.



Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, 
mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos." 
(Martin Luther King)

Deixe marcas de amor... não de dor...



Obs.: O texto foi feito elaborado em leituras e pesquisas pela internet para uma melhor abordagem sobre o assunto. Além de noções pessoais, devido a relatos que vemos todos os dias em todos os lugares.






21 comentários:

  • Anônimo disse...

    Bom dia, Teresinha! Infelizmente, o bullying existe e todos nós estamos susceptível a passar por esse pesadelo. Bom mesmo é estar atento, aberto à reflexão. Sobretudo, informado para saber lidar com essa barbaridade mais ou menos próxima às nossas famílias. Por isso, um tema muito oportuno. Gostei da reflexão. Beijo!

  • Unknown disse...

    Bom dia Renata...
    Ele existe sim... eu já sofri quando criança e até adulta. Te digo que até já pratiquei sem saber que era bullying em minha infância. Junto com coleguinhas costuma-se não sair boa coisa. Infelizmente quando criança não temos consciência de tudo e somos meio "maria vai com as outras".

    GRAÇAS A DEUS a gente amadurece e tem consciência do que é certo ou errado. Mas existem os que não amadurecem. E isso que é triste.

    Crianças são muito maldosas e por falta de diálogo constante dos pais, ou praticam o bullying ou se tornam vítimas.

    É preciso mesmo um olhar diferente à duas situações.

    Obrigada pelo comentário..
    Beijos grandes...

  • Carol Meoli disse...

    Pois é Tê, as coisas na época de escola não são tão fáceis, né?
    O bulling é triste e fazem as crianças sofrerem e as mães junto.
    Sofri bulling na minha época e isso nem tinha esse nome, hehe!!!
    Isso td é falta de atenção dos pais em educar e dialogar com seus filhos sobre o que é certo e que é errado.
    E esses atos causam um trauma terríveis para as crianças.

    Vc agiu no momento certo, já que estão voltando as aulas!!!
    Parabéns pelo tema abordado!!!

    Beijos

  • Unknown disse...

    Carol, não é fácil mesmo. A gente sofre e as vezes faz o coleguinha sofrer. Em muitos casos, como falei, por falta de consciência, em outros por maldade mesmo.

    Sempre falo que antes os pais (com exceções) aconselhavam, mas talvez não insistiam tanto em alguns assuntos. Hoje, nós como pais, temos mais consciência de tudo e conversamos mais abertamente tb com nossos filhos.
    E o diálogo é muito importante.

    Acontecem traumas sim e muitas vezes irreversíveis.

    Obrigada pelo comentário... Fiquei feliz..Beijos...

  • Carmen Ferreira disse...

    Olá queridas
    Amei o texto da Teresinha, muito interessante.
    Eu tenho um sobrinho que foi uma das crianças baleadas na escola Tasso da Silveira em Realengo. Nós morávamos há alguns anos atrás próximo ao atirador. Lembro que ele sofria muito com o bullying na escola, isso fez com que ele se transformasse nesse monstro. Ele ficava sempre muito quieto e pensativo. Andava muito só. Isso nos mostra o que o bullying pode fazer com uma criança.
    Aqueles dias foram os piores de nossas vidas.
    Graças a Deus que hoje em dia as coisas mudaram, se fala mais sobre o assunto, agora bullying tem nome o que não existia antigamente. Espero que através desse trabalho entre pais, professores, alunos e mídia, não haja no nosso país nenhum outro adulto traumatizado por uma infância difícil. Sei que sempre existirá o bullying, mas pelo menos as crianças se sentem mais encorajadas em denunciar, aos poucos teremos poucos casos (ou menos) de bullying.
    Obrigada pelo tema abordado. Muito bom!
    bjos

  • Mamãe Nádia disse...

    Amei o texto de hoje! Pra refletir...
    Não esquece de participar da nossa blogagem coletiva sobre alimentação saudável nesse domingo! Passa lá no blog pra ver mais informações!
    Beijos!

    www.asosmamaenadia.com

  • Unknown disse...

    Oi querida Otimo post, eu passei por Bullying quando era criança por ser gordinha, e eu não me abria com a minha mãe, não falava o quanto a minha escola me fazia mal, eu detestava aquele lugar, e sempre pedia pra ela me mudar, mas como eu nunca dizia por que, ela não mudava por que era uma escola ótima em relação ao ensino. E infelizmente ainda nos dias de hoje, muitas pessoas ridicularizam o Bullying, dizem que é coisa de gente fresca, que antigamente isso não existia, mas são pessoas que nunca passaram por isso ou nunca viram seus filhos sofrerem com isso.

    Bjusssssssssss

  • Unknown disse...

    Obrigada Deborah Gebran. É um assunto que rende muito mais texto ou conversas... Mas acho que pra uma base dá pra nos informarmos... E é a base que todos vemos por aí.. Pena!

    Beijos querida..obrigada..

  • Unknown disse...

    Obrigada querida Anne. Imagino que não deve ser nada fácil ver o sofrimento de um filho que sofre bullying e nem do que pratica. Uma decepção talvez, esse segundo.

    Bom senso, firmeza e muito amor é preciso nos dois casos..

    Obrigada pelo comentário.. Beijos grandes!

  • Unknown disse...

    Eu acho que sempre existiu, mas antes tudo era visto como algo lúdico. E não era. .

    Um alerta importante sobre o que você falou para ficarmos atentos aos filhos quando pedem para trocar de escola, ou quando não querem ir mais.

    Será que estão sofrendo bullying? Pode ter certeza que atoa não será.

    E é verdade, Muitos pais sem um olhar atento para o filho ou outras pessoas da sociedade, julgam ser frescura. Triste, pq o filho pode estar sofrendo e muito...

    Tudo pode passar na vida de uma criança...ou não...

    Um beijo Jackie e obrigada pela leitura e comentário.

  • Unknown disse...

    Oi Carmem, que bom que você veio mesmo.. Foi uma prazer ter recebido sua visita no Bolhinhas e aqui. Seja sempre muito bem-vinda!

    E que triste isso que você contou. Ter vivenciado a tragédia de Realengo e com uma pessoa querida, da mesma forma ter conhecido e convivido de alguma maneira com o agressor.

    Não são todos os casos, mas com tanta coisa acontecendo e a gente vendo as características de agressores, podemos já desconfiar que algo não vai bem.
    Quem sabe se ele tivesse recebido mais atenção, ter sido observado com mais amor, mais tato, tudo teria sido diferente?

    O bullying não pode ser ignorado, assim como um comportamento anormal de nossos filhos ou parentes.

    Aqui em casa sempre ensinamos pra nossa menina, valores de humanidade. Amar a todos sem distinção. E quando acontece algo que não achamos correto por parte de outras pessoas e ela toma conhecimento, já ensinamos que tal coisa não é certa.

    Temos que amadurecer na mente e coração de nossos filhos, valores como amor, caridade, gentileza e outros. É um início e o mínimo que podemos fazer pra irem por um bom caminho...

    Tomara que a mídia e as escolas continuem ajudando positivamente nas campanhas contra o bullying e outras coisas que refletem negativamente na vida das crianças e adolescentes..

    Obrigada mais uma vez... Volte sempre..
    Beijos

  • Genislene Borges disse...

    Oi amiga, seu post é muito importante, principalmente pq estamos retornando às aulas e é preciso que os pais e professores estejam de olho nessa prática.

    Ontem, fiz uma dinâmica na sala com meus alunos do 6º ano e ao chamar uma aluna à frente, alguns colegas ficaram chamando ela de 'baixinha'. Eu percebi que ela não gostou e eu os repreendi e ela disse assim "Isso é desde o ano passado professora..."

    Pra vc ver, um problema que veio de um ano anterior e que não foi resolvido.

    Continuei a dinâmica, faltavam poucos minutos para acabar minha aula, mas já passei o assunto para a pedagoga e vamos iniciar um trabalho sobre "Bullying".

    Um grande beijo, Genis

  • Unknown disse...

    Obrigada Gê. Quando falou em algum tema sobre volta às aulas, me lembrei também desse, achei ser uma boa mesmo falar sobre ele...
    São tantos casos não é mesmo?

    As vezes me perco pensando se isso é real falta de educação em casa ou muito da personalidade da pessoa. Talvez os dois juntos..

    E olha que desrespeito e maldade fazer isso com uma aluna do 6ano... Sinceramente fico muito triste com tudo isso...

    Ainda bem que você foi sensata e os repreendeu, mais sensata ainda de levar o caso à pedagoga...foi o que conversamos outro dia "um olhar diferente" à vitima.. E acho que é isso que eles precisam.. de alguém que olhe por eles... Acolha sempre!

    Beijos queridona... Obrigada por ler e comentar...

  • Unknown disse...

    Oi Camila, bom dia!

    Sim, sempre atenta a qualquer sinal diferente. E que se tiver de acontecer que seja detectado antes...

    Obrigada pela visita..volte sempre..

    Beijos...

  • Unknown disse...

    Oi Camila, bom dia!

    Sim, sempre atenta a qualquer sinal diferente. E que se tiver de acontecer que seja detectado antes...

    Obrigada pela visita..volte sempre..

    Beijos...

  • Anônimo disse...

    Adorei o post. Sou especialista em bullying, proprietário do site www.bullyingnaoebrincadeira.com.br e autora do livro com o mesmo nome.
    Achei muito interessante sua colocação, de uma maneira realista, alertando os pais mas não alarmando ao extremo.
    Meu site tem um canal de orientação privativo sobre bullying e estou à disposição para recebê-la assim como seus leitores.
    Um abraço
    Valeria Rezende da Silva

  • Unknown disse...

    Oi Valéria, prazer ter você aqui no Mamães em Rede.

    Obrigada por ter nos visitado e lido o texto. É uma honra pra mim ter o comentário de uma especialista em bullying.

    Na verdade o que falei foi de maneira muito simples (pois não sou especialista)...apenas por pesquisas e relatos que observamos na mídia e perto da gente... Agradeço.

    Com certeza vou retribuir a visita e ja deixo o convite para retornar sempre por aqui. Seja bem-vinda.

    Grande abraço.

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