Saiba mais sobre DPP...

20 de novembro de 2012 15 comentários

Olá, mamães...

Hoje quero falar sobre DPP "Depressão Pós Parto" e atinge 13% das mulheres. E muita gente acha que é bobagem ou pura frescura. 
Não é!
Eu sofri desse mal, e sei como é ruim viver dessa maneira sem a compreensão das pessoas.

Então prestem atenção...

Por que mulheres têm Depressão Pós Parto? 

Ter um filho pode ser um dos momentos mais felizes para a mulher. Ainda que a vida com um novo bebê seja excitante e recompensadora, as vezes também pode ser difícil e estressante. Acontecem várias mudanças físicas e emocionais na mulher quando ela está grávida e depois de ter o bebê. Essas mudanças podem deixar as mães tristes, ansiosas, confusas ou com medo (tristeza materna). Para muitas mulheres esses sentimentos vão embora rápido. Mas quando eles permanecem, ou ficam piores, a mulher pode ter depressão pós-parto, uma condição séria que requer tratamento médico imediato.

O que é depressão pós parto?

Depressão pós-parto é uma condição que engloba uma variedade de mudanças físicas e emocionais que muitas mulheres têm depois dar à luz. Depressão pós-parto pode ser tratada com medicamentos e psicoterapia. Converse com seu médico assim que achar que tem depressão pós-parto.

Há três tipos de depressão pós-parto:
  • A tristeza materna acontece em muitas mulheres nos dias seguintes ao nascimento do bebê. A mãe pode ter mudanças súbitas de humor, como sentir-se muito feliz e depois muito triste. Ela pode chorar sem nenhuma razão e ficar impaciente, irritada, agoniada, ansiosa, solitária e triste. A tristeza materna pode durar apenas algumas horas ou até 1 ou 2 semanas depois do parto. Tristeza materna nem sempre requer tratamento médico. Geralmente ajuda entrar em um grupo de suporte ou conversar com outras mães.
  • Depressão pós-parto pode acontecer por alguns dias até meses depois do parto de qualquer bebê, não só do primeiro. A mulher pode ter sentimentos similares ao da tristeza materna - tristeza, ansiedade, irritabilidade - porém são muito mais fortes.Depressão pós-parto geralmente impede a mulher de fazer coisas que precisa no dia-a-dia. Quando a vida normal da mulher é afetada, é um sinal certo que ela deve procurar logo um médico. Se a mulher não obtiver tratamento para a depressão pós-parto, os sintomas podem piorar e durar até um ano. Ainda que a depressão pós-parto seja uma condição séria, pode ser tratada com medicamentos e psicoterapia.
  • Psicose pós-parto é uma doença mental muito séria. Ela pode acontecer rapidamente, geralmente nos três primeiros meses depois do parto. A mulher pode perder contato com a realidade, geralmente tendo alucinações sonoras. Alucinações visuais são menos comuns. Outros sintomas incluem insônia, agitação, raiva, e comportamento e sentimentos estranhos. Mulheres que sofrem de psicose pós-parto precisam de tratamento imediato e quase sempre necessitam de medicamentos. Algumas vezes a mulher é internada em hospital porque está sob o risco de machucar os outros e a si mesma.

Quais são os sintomas da depressão pós parto? Os sintomas da depressão pós parto podem incluir:
  • Sentir tristeza, depressão ou chorar muito.
  • Falta de energia.
  • Ter dor de cabeça, dor no peito, palpitações no coração, falta de sensibilidade ou hiperventilação (respiração rápida e superficial).
  • Não ser capaz de dormir, muito cansaço, ou ambos.
  • Perda de peso e não ser capaz de comer.
  • Comer demais e ganho de peso.
  • Problema de concentração, falta de memória e dificuldade de tomar decisões.
  • Ficar exageradamente preocupada com o bebê.
  • Sentimento de culpa e inutilidade.
  • Ficar com medo de machucar o bebê ou a si mesma.
  • Falta de interesse em atividades prazerosas, incluindo o sexo.

A mulher pode ficar ansiosa depois do parto mas não ter depressão pós-parto. Ela pode ter o que é chamado de ansiedade pós-parto ou desordem de pânico. Os sintomas dessa condição incluem forte ansiedade e medo, respiração rápida, batimento cardíaco acelerado, acessos de calor ou frio, dor o peito, tremedeira e tontura. Procure seu médico imediatamente caso tenha algum desses sintomas. Medicamentos e psicoterapia podem ser usados para tratar ansiedade pós-parto.

Quem está sob risco de ter depressão pós-parto? 

Depressão pós-parto afeta mulheres de todas as idades, classes sociais e etnias. Qualquer mulher que está grávida, teve bebê nos últimos meses, sofreu aborto ou recentemente parou de amamentar, pode desenvolver a depressão pós-parto. A quantidade de filhos que uma mulher tem não afeta as chances dela desenvolver depressão pós-parto. Estudos mostram que mulheres que tiveram problema de depressão têm maior risco de desenvolver a depressão pós-parto.



O que causa a depressão pós-parto?

Não sabe-se ao certo o que causa a depressão pós-parto. Mudanças hormonais no corpo da mulher podem disparar os sintomas. Durante a gravidez a quantidade dos hormônios estrogênio e progesterona aumenta bastante. Nas primeiras 24 horas após o parto a quantidade desses hormônios baixa rapidamente e continua a cair até a quantidade anterior à gravidez. Pesquisadores acreditam que essas mudanças hormonais possam ocasionar a depressão, já que pequenas alterações nos níveis de hormônios podem afetar o humor da mulher antes da menstruação.

Os níveis de tireóide também baixam bastante depois do parto. Níveis baixos de tireóide podem causar sintomas que podem ser sentidos como depressão: mudanças de humor, fadiga, agitação, insônia e ansiedade. Um simples teste de tireóide pode dizer se esta condição está causando a depressão pós-parto. Em caso positivo, o médico pode receitar medicamentos para a tireóide.

Outros fatores que podem contribuir para a depressão pós-parto são:

Sentir cansada depois do parto, padrão de sono irregular e falta de descanso suficiente geralmente impedem que a mãe recupere sua força total por semanas, especialmente se ela tiver sofrido cesariana.
Sentir super-ocupada com um novo bebê para cuidar e duvidar da sua capacidade de ser uma boa mãe.
Sentir estresse em virtude das mudanças na rotina de casa e do trabalho. Algumas vezes a mulher pensa que deve ser uma "super-mãe" perfeita, o que não é realista e provoca estresse.
Ter sentimentos de perda - perda de controle, perda de identidade (quem era antes do bebê), perda da silhueta magra.
Ter menos tempo livre e menor controle sobre o tempo. Ter que ficar dentro de casa por períodos mais longos e menos tempo para passar com o pai do bebê.

Como é o tratamento da depressão pós-parto?

É importante saber que a depressão pós-parto tem tratamento e irá embora. O tipo de tratamento depende do quanto severa é a depressão pós-parto. A depressão pós-parto pode ser tratada com medicação (anti-depressivos) e psicoterapia. Mulheres com depressão pós-parto geralmente são aconselhadas a entrar em grupo de suporte para conversar com outras mulheres que estão passando pela mesma experiência. Se a mulher estiver amamentando, ela precisa conversar com seu médico sobre o uso de anti-depressivos, já que alguns desses medicamentos podem afetar o leite materno e não devem ser usados.

O que posso fazer para cuidar de mim mesma se tiver depressão pós-parto?

A boa notícia é que, se você tiver depressão pós-parto, há algumas coisas que pode fazer para cuidar de si mesma:
O bom e velho descanso. 
Sempre tente tirar uma soneca quando o bebê dormir. 
Pare de colocar pressão sobre si mesma para fazer tudo. 
Faça o quanto puder e deixe o resto! 
Peça ajuda para o afazeres domésticos e alimentação noturna.
Não fique muito tempo sozinha. 
Vista-se, sai de casa e dê uma curta caminhada.
Passe algum tempo sozinha com seu companheiro
Converse com seu médico sobre o tratamento. 
Não fique constrangida em falar sobre suas preocupações.
Converse com outras mães, de modo que possa aprender com suas experiências.
Entre em um grupo de suporte para mulheres com depressão pós-parto
Passe algum tempo sozinha com seu companheiro.

A mulher pode ficar ansiosa depois do parto mas não ter depressão pós-parto. Ela pode ter o que é chamado de ansiedade pós-parto ou desordem de pânico. Os sintomas dessa condição incluem forte ansiedade e medo, respiração rápida, batimento cardíaco acelerado, acessos de calor ou frio, dor o peito, tremedeira e tontura. Procure seu médico imediatamente caso tenha algum desses sintomas. Medicamentos e psicoterapia podem ser usados para tratar ansiedade pós-parto.


 Famosas e a DPP

“Mas um dia, finalmente, ela engravidou. Ficou incrivelmente entusiasmada. Teve uma gravidez excelente e uma filhinha perfeita. Por fim, seu sonho de ser mamãe se tornara realidade. Mas em vez de se sentir aliviada e feliz, tudo o que ela fazia era chorar”.

(Depois do Parto, a Dor – Minha experiência com a depressão pós-parto de Brooke Shields)

 A atriz Brooke Shields (A Lagoa Azul) relatou em um livro seu sofrimento após o parto. Além dela, Gwyneth Paltrow (O amor é cego), Brice Dallas (Eclipse), Kendra Wilkinson (coelhinha da Playboy), Courteney Cox (Friend´s), Amanda Peet (Derepente é Amor), Lisa Rinna (Hanna Montana) e as brasileiras Luiza Tomé e Ana Furtado venceram os essa doença e hoje vivem em alegria e a graça de ser mãe.


  
Bryce Dallas Howard a Victoria de "Eclipse", da Saga Crepúsculo.

 Luíza Tomé e Ana Furtado.



Prevenção da depressão pós-parto:

1- Não se empenhe ou se preocupe em ser uma supermulher e uma mãe perfeita. Os recém-nascidos exigem muita dedicação, quase exclusiva, da mãe. Por essa razão, durante a gravidez não tente abraçar o mundo. Reduza seus compromissos o máximo possível, e não se esqueça da sua saúde, da boa alimentação, do descanso.


2- Se tiver que realizar alguma mudança de casa, espere que passem os primeiros seis meses depois do parto. Não se agonie. Não se pode fazer tudo de uma vez. Cada coisa em seu momento. 


3- Aproxime-se de outros casais que estão esperando um filho, ou que tenham tido recentemente. O intercâmbio de experiências, de informações, e idéias, sempre é positivo. Além disso, poderá dispor de alguém com quem deixar seu filho quando precisar. Sempre é bom dispor de algum amigo a quem ajudar em caso de necessidade. 


4- Participe das aulas de pré-parto. É muito importante para você e seu marido. A informação dará a vocês mais segurança e conhecimento. 


5- Se alguma vez sofreu uma depressão, comente com seu médico sobre isso. É necessário estar atento a uma possível aparição de qualquer sinal de ocorrência de depressão pós-parto. 


6- Depois que seu bebê nascer, aproveite qualquer momento para descansar. Compartilhe, no que for possível, as tarefas domésticas e do cuidado com o bebê, com seu marido, e também com outras pessoas da família. Peça ajuda a todos. 


7- Não se abandone depois do parto. Deve alimentar-se bem. Dê prioridade ao leite, cereais, as frutas, vegetais, sucos, etc. Irá precisar de um grande consumo de vitamina nessa fase. Além disso, busque sempre um tempo, nem que seja 15 minutos por dia, para ler, deitar-se, falar no telefone com uma amiga, para banhar-se com tranquilidade, caminhar, etc. 


8- Encontre tempo para estar com seu marido. Não o abandone. Peça a alguém, de confiança, que fique com o bebê uma noite para que possam jantar juntos, ou ir ao cinema, ou tomar algo com os amigos. É importante que nem tudo gire em torno do bebê. 


9- Não seja muito crítica e exigente consigo mesma nem com seu marido. Evite situações que provoquem irritabilidade e cansaço demasiado. Evite as discussões. Não dê espaço a elas no seu dia. 


10- Quando puder deixar seu bebê com alguém, aproveite para relaxar dando um passeio à pé. Uma horinha de caminhada te fará sentir aliviada das tensões e preocupações. 


11- Não duvide em pedir ajuda quando precisar. Vá ao médico quantas vezes for necessário. Se notar algum sintoma de depressão, não se desespere, busque logo um médico. Ele te ajudará a controlar e a superar a depressão.



É isso meninas, beijinhos e até o  meu próximo post!!!




15 comentários:

  • Genislene Borges disse...

    Olá querida amiga, ótimo assunto a ser tratado aqui, pois ninguém está livre de ter uma DPP.
    Aqui na minha família foram minha irmã e cunhada que tiveram DPP e minha cunhada ainda trata, mesmo com filho já com 3 aninhos.
    Mega abraço, Genis

  • Unknown disse...

    aai que dó isso née?
    tem coisas nesse mundo que são difíceis de entender e de aceitar, até que chegar perto de nós né?
    ótimo post Carol
    bjao
    perolasdealanis.blogspot.com

  • Juliana Reis disse...

    Carol, assunto super importante, tinha que ter aqui no MR. Parabéns pelo post! Não estamos livres disso e com informação sabemos lidar melhor essa avalanche de emoções que o pós-parto nos traz.
    Beijo,
    Ju
    www.compromissodemae.com

  • Unknown disse...

    As dicas estão ótimas, para todas as mães, não só para as que têm DPP. Acho que o pior da DPP são os outros achando que é frescura. Deve ser muito difícil passar por isso, parabéns por postar, por contar a sua história também.

  • Unknown disse...

    Carol adorei a matéria..
    Realmente é um assunto seríssimo, quantas mulheres sofrem sem saber ao certo pelo que estão passando e quantas são incompreendidas.
    Importantíssimo esse post para alertar e ajudar a prevenir..
    Adorei por demais..
    Um beijo carinhoso e uma tarde linda..

  • Unknown disse...

    Adorei a postagem, bem completa mesmo.
    Poucas pessoas conhecem a Psicose pós parto e outras acham que realmente é frescura. Culpam a mãe e isso só piora tudo.

    Beijos!
    Equipe Cantinho das Mamães Corujas

  • Unknown disse...

    òtimo post Carol, cheguei perto um tiquinho de ficar com DPP, muitas cobranças, um bebê que chorava dia e noite, falta de leite, relaxei, deixei de me cuidar,mas nada diretamente ao meu bebê, mas acho por que eu vivia me conscientizando que aquilo era uma fase. Passou mas foi a muito custo, acho que no meu caso foi uma tristeza materna prolongada.

  • Paula Martinelli, a Mãe da Catarina. disse...

    Adorei o post, Carol!!! Super informativo e gostoso de ler!
    A maioria das pessoas subestimam a DPP. Acham que é frescura, dengo, que a mãe é mimada... enfim... pura falta de informação!
    DPP é considerada uma doença, é um problema que pode ter consequências graves. Os familiares tem que ficar de olho e apoiar. Sempre!
    Beijos,
    Paula Martinelli
    www.minhamaternidade.com

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